Portimão: Carlos Gouveia Martins desmente qualquer negociação com o Chega
Carlos Gouveia Martins, que foi o candidato da coligação PSD/CDS/IL à presidência da Câmara de Portimão, diz não haver qualquer negociação com o Chega.
Em declarações ao «Algarve Marafado», acrescenta ter havido, após as eleições, um telefonema do candidato e líder regional do Chega, João Graça, a dar-lhe os parabéns pelo resultado e a dizer-lhe que tinham de falar, por terem apresentado várias propostas idênticas, mas que isso acabou por não acontecer.
Recorde-se que, de acordo com informações por nós obtidas através de diversas fontes de vários partidos, haveria contactos entre elementos daquelas duas forças políticas, tendo como objetivo imediato concertarem posições para, eventualmente, elegerem alguém fora da área socialista para a presidência da Assembleia Municipal e que estaria marcada uma reunião para hoje.
Carlos Gouveia Martins – com quem, na altura, não conseguimos falar por se encontrar fora do país – desmente que esteja marcada qualquer reunião com alguém do Chega, mas apenas uma interna, entre elementos da sua coligação.
O objetivo será tomar uma decisão final quanto à possibilidade de apresentação de uma lista para a Mesa da Assembleia, liderada por José Pedro Caçorino, e composta apenas por elementos eleitos pela coligação PSD, CDS e IL.
Na sua opinião, “devido ao seu currículo político, José Pedro Caçorino é a pessoa mais bem preparada para o exercício do cargo”. Mas, caso se candidate, “não há qualquer garantia que seja eleito”, exatamente pela inexistência de acordo com o Chega, embora, matematicamente, a oposição tenha mais eleitos do que o PS.
Recorde-se que, de acordo com a lei, não é automaticamente eleito presidente daquele órgão o candidato da lista mais votada pelo eleitorado. Logo após a tomada de posse dos eleitos – o que, no caso de Portimão, acontecerá no próximo domingo – estes são chamados a votar e a escolher quem irá liderar a Assembleia, bem como os elementos que o apoiarão, enquanto secretários da Mesa.
Nas autárquicas de 12 de outubro, o PS voltou a ter uma vitória no concelho, mas sem maioria absoluta na Assembleia Municipal, Câmara e Assembleia de Freguesia de Portimão.
Isso significa que o mandato socialista naqueles órgãos autárquicos pode ser complicado, caso haja concertação de posições entre os partidos da oposição em temas e documentos importantes. O que, garante Carlos Gouveia Martins, que foi eleito vereador, não existe.








