LazerVídeos

Estas são seis das mais belas terras do Algarve (com vídeo)

Partilhe a notícia
pub

ASSISTA AO VÍDEO AQUI

O Algarve guarda muitas terras e paisagens de rara beleza. Hoje vamos fazer-nos à estrada e visitar algumas delas.

Começamos na serra, numa terra onde é quase um crime não beber um medronho depois de comer ou de tomar um café.

Marmelete, aldeia serrana do concelho de Monchique, vive em torno da tradição ligada à produção desta aguardente, que preserva métodos antigos de destilação, a qual é dada a conhecer na Casa do Medronho.

Inserida na serra e rodeada pela floresta, esta terra mantém um casario típico do Algarve, com ruas íngremes emolduradas por pedras extraídas das próprias montanhas.

No centro da aldeia destaca-se a Igreja da Nossa Senhora da Encarnação, datada do século XVII, mas que foi alvo de obras ao longo do tempo, nomeadamente após o terramoto de 1755.

A tradição local inclui ainda a ermida de Santo António, construída no local onde, segundo reza a lenda, aquele santo apareceu para ajudar um pastor a salvar o seu rebanho de lobos famintos.

A água é a maior riqueza desta aldeia

Continuemos no interior, mas agora na zona do Sotavento, no concelho de Loulé, para visitar uma das aldeias mais típicas do Algarve, que tem na água a sua maior riqueza.

Estamos a falar de Alte, que tem como duas das suas principais atrações as fontes Grande e Pequena, onde no passado funcionaram nove moinhos.

A água que por aqui corre acaba por seguir em frente, pela ribeira, até à Queda do Vigário.

Trata-se de uma cascata com cerca de 24 metros de altura, considerada uma das mais belas do Algarve, especialmente imponente após períodos de chuva.

E já que aqui estamos convém visitar a aldeia, que mantém a sua autenticidade e preserva as tradições locais, bem como a sua igreja matriz, que é dedicada a Nossa Senhora da Assunção, e guarda uma curiosa história.

Consta que foi erguida no século XIII por iniciativa de uma rica lavradora que se zangou com o padre.

A água costuma invadir esta terra

E agora damos um salto ao litoral, ao encontro de Ferragudo, uma terra que também tem uma ligação muito estreita com a água. Neste caso, a do mar e do rio.

É uma relação tão próxima que, em alturas das marés vivas, é relativamente comum a água invadir as zonas mais baixas desta vila. Uma situação que, de tão comum, não é motivo de preocupação para os locais.

Ferragudo é uma daquelas terras de pescadores, que foi, de alguma forma, invadida pelo turismo, mas que insiste em não perder as suas tradições, usos e costumes.

Um deles, que acontece em agosto, consiste numa procissão levada a cabo em terra e no mar.

A igreja, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que foi construída no século XVI, situada no ponto mais alto da vila, dá a sensação de se encontrar em permanente estado de vigilância, controlando tudo o que se passa em seu redor, não só em Ferragudo, mas até no outro lado do rio, em Portimão e na Praia da Rocha.

ASSISTA AO VÍDEO AQUI

O Alentejo é já ali ao lado

São Marcos da Serra, freguesia algarvia pertencente ao concelho de Silves, faz fronteira com o Alentejo e mantém viva a sua identidade rural.

Situada na serra e atravessada pela ribeira de Odelouca, que abastece a maior barragem do Algarve, é uma terra de casario típico, chaminé histórica e forte ligação à agricultura.

São Marcos da Serra foi também cenário de episódios históricos marcantes: aqui se refugiou, durante as guerras civis do século XIX, José Joaquim de Sousa Reis, o Remexido, famoso guerrilheiro miguelista.

O comboio, que chegou em 1889 e impulsionou o desenvolvimento local, já não pára na estação, reflexo da quebra populacional sentida nas últimas décadas, o que deixa a terra e os seus habitantes ainda mais isolados.

A Capital do Polvo

Quase no final da nossa viagem, surge a vila de Santa Luzia, que se situa a cerca de 2 quilómetros de Tavira e tem a ria Formosa a seus pés.

Aqui é, provavelmente, a terra onde se come melhor polvo, pois não é à tão que é apelidada da Capital destes moluscos marinhos.

Mas nem sempre foi o polvo que alimentou a população local. A partir de 1842 e até meados do século XX foi o atum que movimentou a economia local.

Durante quase metade do ano, uma parte substancial dos pescadores de Santa Luzia e as respetivas famílias mudavam-se de armas e bagagens para a vizinha praia do Barril, onde se dedicavam à pesca do atum.

No areal desta praia, à qual se pode chegar de comboio, continuam expostas cerca de duas centenas e meia das âncoras que eram usadas nesse tipo de pesca.

ASSISTA AO VÍDEO AQUI

Um monte de pedras com história

E concluímos a nossa rota a olhar para um monte de pedras.

Mas não é um monte de pedras qualquer. Aqui já existiu um castelo que teve um papel relevante na história da região.

Terá sido neles que, depois de tomar Salir, D. Paio Peres Correia esperou pelas tropas de D. Afonso III para conquistar a parte algarvia que ainda estava nas mãos dos mouros, nomeadamente Faro e Loulé.

Mas, apesar de ter acolhido tão ilustres figuras e de nele ter sido delineada uma estratégia vencedora, os tempos de ouro do castelo de Salir, pois é dele que falamos, não duraram muito.

Consta que já nos finais do século XVI se encontrava em ruínas. Os documentos descobertos por historiadores indicam que, ao longo da sua existência, terá sido destruído pelo fogo, provavelmente duas vezes, e reconstruído. Em 1755 voltou a sofrer danos muito relevantes, devido ao grande terramoto que assolou o país.

Bem perto destas ruínas que, desde 1987 têm vindo a ser alvo de trabalhos de investigação arqueológica, situa-se a Capela de Nossa Senhora do Pé da Cruz, que terá sido construída em 1680.

Mas o principal templo religioso situa-se do outro lado da vila. É a Igreja de São Sebastião, de origem medieval, que também sofreu grandes danos em 1755, tendo sido, posteriormente reconstruída.

Terra essencialmente agrícola, Salir tem como principais eventos a Festa da Espiga e o Salir no Tempo.

Vídeo em destaque:

pub

EVENTOS NO ALGARVE