PS e Coligação PSD/CDS/IL isolam Chega na Assembleia de Freguesia de Portimão
Os eleitos do PS e da Coligação PSD/CDS/IL aprovaram as duas listas apresentadas na sessão de instalação da Assembleia e Junta de Freguesia de Portimão, ocorrida esta 5ª feira, dia 30 de outubro. De fora ficou o Chega.
A primeira lista, apresentada pela presidente de Junta reeleita, Maria da Luz Santana, foi composta pelos nomes dos seis candidatos (todos eleitos pelo PS) a vogais na Junta de Freguesia: Rui Rosa, Nuno Velasques, Suzana Pires, Pedro Jesus, Sónia Oliveira e André Reis.
Depois de realizada a votação, constatou-se que a lista contou com a aprovação de 14 elementos – exatamente o número de eleitos do PS e da Coligação PSD/CDS/IL – e apenas 7 votos contra.
PS não apresenta lista para a Mesa da Assembleia
Mais tarde teve lugar a votação para a Mesa da Assembleia, não tendo o PS apresentado qualquer proposta. A votos foram as listas da Coligação e do Chega.
O resultado voltou a ser de 14 contra 7, neste caso, a favor da primeira das listas. Em face disso, a Mesa da Assembleia de Freguesia de Portimão ficou composta por Afonso de Lousada (CDS), como presidente, e Mafalda Rosado e Francisco Nobre, como secretários.
Devido a esta conjugação estratégica entre PS, por um lado, e PSD, CDS e IL, por outro, a sessão acabou por decorrer sem qualquer ‘sobressalto’ político.
Recorde-se que a única pessoa que, legalmente, pode fazer a proposta dos vogais para a Junta é a nº 1 da lista mais votada, neste caso, Maria da Luz Santana, do PS. No entanto, em várias outras Assembleias de Freguesia tem-se registado um impasse político por os partidos da oposição acabarem, na votação, por não viabilizar esses nomes.
Em Portimão também havia essa possibilidade, uma vez que os partidos da oposição contam com mais eleitos do que o PS (13 contra 8).
Isso acabou por não acontecer, uma vez que a Coligação PSD/CDS/IL votou a referida lista e, em contrapartida, o PS não concorreu à Mesa da Assembleia e os seus eleitos votaram favoravelmente a que era encabeçada por Afonso de Lousada.
Coligação canta vitória, Chega fala em vergonha política
Trata-se de uma situação que, aparentemente, é benéfica para ambas as forças políticas. Por um lado, o PS ‘arruma’ de forma tranquila, à primeira tentativa, a composição do executivo da Junta e, por outro, PSD, CDS e IL podem cantar vitória por terem conquistado a Mesa da Assembleia de Freguesia.
E foi isso mesmo que a Coligação se apressou a fazer. Poucas horas após a realização da sessão, emitiu um comunicado, no qual destaca o facto de, pela primeira vez em quase três décadas, aquele órgão não ser liderado pelo PS.
Afonso de Lousada, o novo presidente da Mesa, garante que “fizemos história” e Carlos Gouveia Martins, que foi o candidato à presidência da Câmara, assume que o resultado obtido é “um sinal claro de mudança e de vitalidade democrática”, bem como “reflexo de uma nova atitude política em Portimão, baseada no diálogo, na transparência e na responsabilidade”.
Opinião diferente tem o Chega de Portimão que, na sua página de Facebook, veio qualificar o que sucedeu naquela sessão como “uma vergonha política” e acusar a Coligação e o PS de pensarem “só nos seus cargos e interesses pessoais”.
Especialmente na mira deste partido está o PSD, que acusa de enganar os os seus eleitores, “apresentando-se como direita, enquanto faz acordos à esquerda”.
Em face de tudo isto, aquela força partidária conclui que “PSD e PS são hoje a mesma coisa” e que “a única oposição verdadeira é o Chega”.


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