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“Vamos ver até quando será possível aguentar a Geringonça”

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Apesar do seu partido apoiar o governo do PS, o deputado do Bloco eleito pelo Algarve promete continuar a protestar contra a manutenção das portagens na Via do Infante e a possibilidade de exploração de petróleo no Algarve.

Relativamente à Via do Infante,  João Vasconcelos considera que o desconto de 15% decidido pelo executivo de António Costa “é muito pouco e não resolve o essencial da questão, vamos continuar a ter muitos acidentes e mortes na estrada” devido à não eliminação das portagens.

>Nesta como noutras matérias, o deputado bloquista considera que é importante que as pessoas continuem “o protesto e a luta” para que consigam atingir os seus objectivos.

No entanto, não se mostra arrependido do apoio que o seu partido tem dado ao governo socialista. Lembra que “o país estava a caminhar para uma deriva muito complicada”, pelo que era fundamental tomar medidas que tivessem como consequência “parar o ciclo de endividamento do país, conseguir-se a recuperação de rendimento e limitar-se a austeridade”.

Fazendo o balanço dos primeiros meses de governação, João Vasconcelos considera que houve “conquistas importantes”, ao nível da recuperação de salários e subsídios, da reposição das 35 horas semanais na função pública, do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública, entre outros. Admite que “queremos mais”, mas lembra que “o governo é do PS, não é do Bloco”.

No essencial, o acordo de esquerda, na sua opinião, tem, portanto, sido positivo, “vamos ver até quando será possível aguentar a Geringonça“. Garante que, da parte do Bloco, o apoio será mantido enquanto os pressupostos iniciais se mantenham, ou seja, enquanto se prossiga a política de “recuperação de rendimentos para melhorar a vida das pessoas”.

João Vasconcelos produziu estas declarações no Domingo à noite, na Feira do Livro de Portimão, em resposta a perguntas relacionadas com a política actual.

O objectivo da sua deslocação ao espaço era falar sobre o seu livro, «O 18 de Janeiro de 1934», que lembra a o episódio do levantamento de operários da Marinha Grande que, durante algumas horas, tomaram conta daquela povoação. A ideia era que o levantamento se estendesse a todo o país, mas a estratégia acabou por falhar e, como consequência, cerca de 700 pessoas acabaram por ir parar à cadeia, muitas delas recebendo penas bem severas.

As Conversas com Autores prosseguem na Feira do Livro de Portimão na Terça-feira, com a presença de José Pacheco. Seguem-se Fátima Peres (Quarta, dia 3), Nuno Campos Inácio (Quinta, dia 4), Luis Nadkarni (Sexta, dia 5), Manuel Neto dos Santos (Sábado, 6), Pedro Pereira (Domingo, 7), José Conrado (Segunda, 8), Associação MEMO (Terça, 9), Telma Estêvão (Quarta, 10), Jorge Magalhães (Quinta, 11), Ferreira Coelho (Sábado, 13) e Mendes Bota (Quarta, 17).

Leia também os outros artigos da passagem de escritores pela Feira do Livro

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