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Cemitério do Parchal fica concluído até ao final do ano

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Terceira parte da entrevista ao presidente da Câmara de Lagoa, Francisco Martins, em que se fala nas obras da EN 125, do centro de recolha de carros da GNR, do cemitério do Parchal, de imóveis degradados e da mudança feita, ao nível do atendimento, no edifício da Câmara.

Algarve Marafado (AM) – O presidente da Infraestruturas de Portugal tinha-lhe garantido que as obras na Estrada Nacional (125), em Lagoa, ficariam prontas a 15 de Julho e isso não aconteceu. Já voltou à carga para saber quando  é que realmente acabam aquilo?

Francisco Martins (FM) – Na reunião que tive com o então presidente da Infraestruturas de Portugal IP) foi-me, realmente, dito que até 15 de Julho ficava pronta a rotunda da EN 125 de Carvoeiro e que, depois do Verão, começariam os trabalhos de construção das outras rotundas que estão previstas para o concelho.

Eu vim dessa reunião directamente para uma sessão da Assembleia Municipal, dei a informação aos deputados municipais, mas também lhes disse que “estou a vender o peixe que me venderam, mas não acredito”, pois já tenho uns anos disto e não sou crédulo.

Entretanto, o então presidente da IP saiu do cargo, já pedi uma reunião ao seu sucessor, exactamente, para fazer o ponto de situação sobre isso.

AM – E como é que está a questão do centro de recolha de carros que a GNR colocou no Parchal, junto à Docapesca?

FM – Isso está a ser tratado. Tivemos uma reunião com a secretária de Estado Adjunta da Administração Interna, que vai voltar cá no próximo dia 11. Também já mandámos as nossas sugestões de relocalização daquelas viaturas.

AM – O terreno alternativo que têm é na zona de Porches, não é?

FM – Sim, é no espaço da antiga lixeira que foi reconvertido. Tem condições para receber as viaturas e não causa o impacto que provoca no sítio onde se encontram agora. As plantas já seguiram, também têm que ter uma apreciação técnica dos serviços da GNR. Como disse, a secretária de Estado vem cá no dia 11, uma vista que tem a ver com esta situação, vamos esperar que já haja uma decisão.

Há centenas de prédios degradados no concelho

AM – Quando é que fica pronto o cemitério do Parchal? Não está a demorar demasiado tempo para abrir?

FM – Em princípio, vai ficar concluído até ao final deste ano. Aquilo tem ‘barbas’, é uma obra que, do meu ponto de vista, devia ter sido abordada de outra forma. Ela foi dividida em várias fases, quando chegámos, já ia para a 5ª fase, se não me falha a memória. Fizemos algumas alterações, aquele é um terreno muito grande e dividimo-lo porque se fosse feito todo o investimento para uso como cemitério era uma quantidade disparatada de dinheiro que se gastava.

Decidimos intervencionar a primeira fase, em termos de ocupação, aquilo está adiantado, já estamos nos arranjos exteriores e a informação que tenho dos meus técnicos é que até ao fim do ano fica pronto.

AM – O cemitério de Estômbar está lotado. Quando o do Parchal ficar pronto, até porque, agora, a freguesia é a mesma, vai servir também Estômbar?

FM – Claro. Como diz, Estômbar e Parchal fazem parte da mesma freguesia, o cemitério de Estômbar já não tem capacidade de resposta, pelo que o do Parchal passa a ser o cemitério da freguesia.

AM – Um dos problemas principais dos centros das cidades e vilas tem a ver com os imóveis degradados. No concelho de Lagoa está a ser feita alguma coisa para reverter tal situação?

FM – Já fizemos o levantamento de todos os edifícios, com a identificação dos proprietários e respectivos contactos. Vamos tentar sensibilizá-los para aproveitarem os incentivos que as ARU’s (Áreas de Reabilitação Urbana) que estamos a fazer lhes dão, ao nível da reabilitação desses imóveis.

Mas a Câmara também tem de dar o exemplo e é o que estamos a fazer. Temos um edifício muito degradado, no Largo Alves Rooçadas, em Lagoa (à frente à sede da Gazeta de Lagoa), e eu não podia exigir aos outros que requalificassem os seus espaços se não desse o exemplo.

O que é que estamos a fazer? Como não vamos agora fazer uma intervenção de fundo no edifício, o que está a ser feito é retirar a parte que possa provocar insegurança e, digamos assim, lavar a ‘cara’ à fachada, para que fique com um ar acolhedor.

AM – Segundo o levantamento que fizeram, quantos são os imóveis degradados no concelho?

FM – São umas centenas.

AM – Há Câmaras que tentam ‘incentivar’ os proprietários a fazer obras através de uma forte penalização no IMI dos edifícios degradados. Também pensam ir por esse caminho?

FM – Nós também aprovámos isso, aquando da aprovação do orçamento do ano passado. Baixámos o IMI para a generalidade dos imóveis, mas determinámos uma penalização para os degradados.

Também vamos adquirir alguns desses imóveis para reconverter em habitação social. Em vez de estarmos a fazer bairros, vamos adquirir alguns, exactamente, para serem utilizados como habitação social.

AM – No rés-de-chão do edifício da Câmara foram feitas obras e implementada uma nova forma de atendimento aos utentes. De concreto, o que é que mudou?

FM – Criámos o Balcão Único. Antigamente, as pessoas circulavam por todo o edifício e tinham, por vezes, de ir a 4 ou 5 sítios para resolver um assunto. Com a criação do Balcão Único, resolvemos essa situação. Hoje, as coisas são tratadas no mesmo sítio, por norma, consegue-se resolver tudo num único atendimento.

Ainda estamos no período de adaptação, porque não é uma alteração fácil e rápida de assimilar. Antigamente, havia 3 ou 4 secretarias e cada uma só estava formatada para resolver um determinado tipo de serviços. Hoje, os funcionários conseguem dar resposta a todos os assuntos, trata-se de uma grande mudança de funcionamento administrativo.

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