António Costa foi a Portimão atribuir a medalha de ouro do despesismo ao CDS
António Costa acusou, em Portimão, o CDS de ser “o campeão do despesismo”. Pelas suas contas, se as propostas de alteração ao Orçamento do Estado que o partido de Assunção Cristas apresentou fossem aprovadas isso teria um impacto negativo nas contas públicas de 2,628 mil milhões de euros.
Mas também o PSD está ‘bem’ colocado nesta lista, pois apresentou propostas que, referiu o 1º ministro e secretário-geral do PS, representariam uma ‘machadada’ de 1,858 mil milhões de euros no Orçamento.
Em terceiro lugar nesta lista aparece o PCP com 1,698 mil milhões, seguindo-se o Bloco de Esquerda com 1,308 mil milhões e o PEV com 273 milhões de euros.
Entre diminuição da receita e aumento da despesa, se fossem aprovadas as propostas dos partidos da oposição representariam “uma tragédia orçamental de 5,7 mil milhões de euros”, agravando o défice público em 2,85%, “o que colocaria Portugal em clara violação das normas europeias e reporia de novo o país no Procedimento por Défice Excessivo”, garantiu o 1º ministro.
Na sua intervenção, a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, elogiou os investimentos que o Governo tem vindo a fazer na região e os que estão previstos, em especial, o que vai ser feito no Porto de Portimão “para permitir que passe a receber navios de maior calado e com mais turistas.”
Dirigindo-se a António Costa, a autarca garantiu que ele “vai ficar na história por fazer a maior revolução ao nível da transferência de competências para os municípios.”
Esse tema também esteve presente na intervenção do líder do PS/Algarve, Luís Graça, que se assumiu como defensor deste processo de descentralização. No entanto, deixou o aviso que isso não deve fazer com que se esqueça a bandeira da regionalização, um batalha política à qual, na sua opinião, se deve voltar muito proximamente.
Luís Graça mostrou especial preocupação pelas consequências que o Brexit terá para a economia algarvia. Lembrou o peso muito grande que o mercado britânico tem para a região, referindo que, por exemplo, “mais de 50% do número de passageiros que desembarcam no Aeroporto de Faro têm origem no Reino Unido.”
Essa realidade deve ser levada em linha de conta quando se passar à fase dos acordos bilateriais entre os dois países, após a saída do Reino Unido da União Europeia, defende Luís Graça, pois de outra forma, “imaginem o que seria a situação no Aeroporto de Faro se 50% dos seus passageiros tivessem complicações administrativas”.
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