Opinião

Memórias de um antigo presidente da Junta de Portimão. Episódio 1: Ir a pé a Fátima

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Primeiro conjunto de episódios recordados por Ilídio Martins, enquanto presidente da Junta de Freguesia de Portimão, eleito pelo PSD, entre 1989 e 1993.

PROMESSA – Durante a campanha eleitoral aconteceu um momento curioso e engraçado: um senhor veio junto a mim e garantiu que, se conseguisse vencer as eleições, fazendo com que de lá saísse o então presidente, ia a pé a Fátima. A verdade é que acabei ganhar, cumpri a minha parte, mas nunca mais o encontrei para saber se ele tinha cumprido a promessa feita.

INFORMÁTICA – Passados alguns dias da tomada de posse, o presidente do Instituto da Juventude foi perguntar-me se eu estaria disposto a acolher uma delegação do instituto da parte da informática, porque o presidente da câmara tinha recusado, eu disse que sim, e foi instalado no próprio edificio da junta, onde centenas de pessoas deram os primeiros passos na informática.

ÁGUA DO POÇO – Um certo dia apareceu na junta um grupo de pessoas residentes no Rasmalho. Assunto: o presidente da câmara tinha proibido as pessoas de utilizarem a água do único poço que lá existia. Fui ao local e vim com uma garrafa de água do dito poço. No dia seguinte, enviei a garrafa para o Instituto Ricardo Jorge.

Entretanto, pedi às pessoas que não se servissem daquela água até que se soubesse o resultado das análises. Passada uma semana chegaram os resultados, indicando que a água estava em condições de utilização para qualquer fim. Em seguida telefonei à pessoa do contacto, informando que se podia consumir aquela água.  

BILHETE COM DESCONTO – Em determinado dia, apareceu-me uma senhora a pedir um atestado para substituição do Bilhete de Identidade porque era separada havia 18 anos e o marido não lhe assinava o divórcio.

Foi feito o respetivo atestado, que lhe dava o direito de ter 50% de desconto no comboio, e passado algum tempo, a senhora voltou, a dizer que não lhe tinha sido concedido o respetivo desconto. Imediatamente pedi à secretária da junta que telefonasse para os serviços da CP e me procurasse a pessoa indicada com que pudesse falar a fim de resolver o problema.

A pessoa que me atendeu pediu desculpa, disse que os funcionários desconheciam as leis e que iria, imediatamente, entrar em contacto com o da estação de Portimão e que a senhora podia ir comprar o bilhete de comboio, com o respetivo desconto.

No próximo episódio: Edifício da Junta transforma-se em Universidade

  

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