Atacar o problema da falta de habitação é a grande prioridade do Bloco de Esquerda e do Livre em Portimão
Leia e veja aqui e aqui a entrevista de João Vasconcelos ao Algarve Marafado
Combater o problema da falta de habitação é a principal prioridade da coligação «Unidos por Portimão», que junta o Bloco de Esquerda e o Livre.
Isso mesmo foi assumido pelo seu candidato à presidência da Câmara, João Vasconcelos, na apresentação da candidatura, que decorreu no passado sábado, na Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes.
O candidato lamentou “a falta gritante de casas para viver, a preços justos, nesta cidade e em todo o concelho”, o que considerou ser “um dos principais buracos negros da gestão do PS”.
Quem tem governado a autarquia preferiu, em vez de atacar este problema, “apostar nas festas, nos foguetes, no show off televisivo, nos espetáculos e na criação de várias empresas municipais, o que conduziu ao endividamento do município”.
O candidato do Bloco defendeu “a criação de uma bolsa emergente” para atribuir a “famílias que vivem em casas muito degradadas”. Outra das medidas preconizadas por João Vasconcelos é a “proibição de venda de edifícios e até de terrenos que tenham características habitacionais” por parte da autarquia.
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Educação é outro “buraco negro”
A educação é “outro buraco negro” da governação socialista, acusou. A rede pré-escolar municipal “devia ter muito mais salas para contemplar as crianças de famílias que não têm onde colocar os filhos e também não podem pagar preços exorbitantes para os colocar no privado”.
Nas escolas, há a necessidade de “contratar mais assistentes operacionais” e de construir dois novos edifícios, um para o pré-escolar e 1º ciclo e outro para o 2º e 3º ciclos.
Na área da Saúde, João Vasconcelos exortou a Câmara a exigir do Governo condições para que o Hospital de Portimão e a respetiva maternidade funcionem em pleno, ao serviço dos cidadãos.
O combate à pobreza, a implementação de “um plano de mobilidade urbana sustentável”, a criação de um parque urbano na zona da Mata da Rocha, o combate aos projetos de grandes empreendimentos na Praia da Rocha e a defesa da Ria de Alvor são outros dos temas que fazem parte do programa desta coligação.
“O PS falhou aos portimonenses”
Presente na sessão esteve o dirigente nacional do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, que tem raízes no concelho. Uma das recordações que guarda é a de ouvir o sino da igreja da Mexilhoeira Grande a tocar de 15 em 15 minutos, por decisão do pároco local.
Na sua opinião, “o PS falhou aos portimonenses e privilegiou o modelo de economia de desenvolvimento do território de monocultura do turismo acoplada à especulação imobiliária”. Para além disso, “multiplicou casos de corrupção” e tornou o Município de Portimão como “um dos mais endividados do país”.
Em face de tudo isso, e porque “quem cria os problemas não nos tira deles», apelou ao voto no «Unidos por Portimão», que “construiu um programa de governação exequível para resolver os principais problemas que vivemos no município”.
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Contra o crescimento da extrema direita
A representação nacional do Livre esteve a cargo do deputado Paulo Muacho. No seu discurso destacou a importância que estas eleições têm, não só a nível local, mas também no âmbito nacional, como uma forma de resistência ao crescimento da extrema direita.
E para isso considerou ser importante ter havido esta convergência entre dois partidos. Em Portimão “foi possível pôr de lado diferenças que possam existir de ideias e de formas de trabalhar e construir algo maior, juntando caras novas a pessoas com muita experiência”.
O «Unidos por Portimão» tem João Vasconcelos como candidato á presidência da Câmara e Lucinda Caetano à frente da lista para a Assembleia Municipal.
As equipas para as freguesias são lideradas por Dário Encarnação (Mexilhoeira Grande), Janete Ramos (Alvor) e Luís Rio (Portimão).
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