Entrevista

“Qualquer dia reduzem o Hospital do Barlavento a um Centro de Saúde”

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Na próxima quinta-feira, 25 de julho, realiza-se uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Portimão sobre o Hospital do Barlavento.

O presidente daquele órgão autárquico, João Vieira, diz que esta sessão, que foi requerida pelos partidos da oposição, tem como objetivos essenciais, por um lado, ouvir as explicações da administração e, por outro, assumir que os portimonenses não aceitam que os serviços prestados pelo hospital venham a degradar-se, a ponto de, qualquer dia, estar transformado em pouco mais que um centro de saúde.

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Porque resolveu convocar esta sessão extraordinária?

Não fui eu que tomei a iniciativa. Como presidente da Assembleia limitei-me a dar seguimento a um requerimento apresentado pelos elementos de todas as bancadas da oposição. A marcação demorou algum tempo porque foi preciso entrar em contacto com a presidente do Centro Hospitalar Universitário do Barlavento (CHUA) e conciliarmos agendas.

Há cerca de sete meses já tinha sido realizada uma outra sessão da Assembleia Municipal dedicada ao mesmo tema. Acha que este tipo de iniciativas serve para alguma coisa?

Não sei se serve para muito ou pouco, mas, seguramente serve para que os responsáveis pelo CHUA possam explicar as razões pelas quais a qualidade dos serviços de diversas valências do Hospital do Barlavento tem vindo a cair.

Não podemos aceitar que, por exemplo, a Maternidade possa fechar em alguns dias da semana. Para além de todos os incómodos e problemas que isso acarreta, vai levar a que estatisticamente haja uma diminuição do número de nascimentos no Hospital do Barlavento, o que pode fazer com que depois digam que não se justifica a sua manutenção.

Qualquer dia reduzem o Hospital de Portimão a um Centro de Saúde e é contra essa possibilidade que as forças vivas da cidade têm de lutar.

Acha que a qualidade de prestação de serviços de Saúde no Hospital do Barlavento é hoje pior do que há quatro anos?

Sei que a anterior administração [do tempo da governação PSD/CDS] deixou o Hospital com muitas carências, mas o atual Governo reconhece que não se fez o suficiente para reverter tal situação. É preciso dar a volta a isso e não deixar transformar o Hospital em pouco mais do que um Centro de Saúde.

 

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