Política

Bloco de Esquerda defende a renovação da frota de pesca

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O Bloco de Esquerda prepara-se para apresentar no Parlamento um projecto de resolução sobre as pescas. A novidade foi apresentada por Catarina Martins, em Portimão, no arranque das Jornadas Parlamentares daquele partido.

Através deste documento, o Bloco vai apresentar “um novo olhar para este sector”, com proposta que, ao mesmo tempo, permitam “proteger quem vive da pesca e as espécies e o ambiente”.

Partindo do princípio que “ser pescador é uma profissão mal paga e de risco”, o Bloco quer que sejam tomadas medidas dêem maior dignidade e protecção a quem a exerce. Isso passa por uma boa formação que, “neste momento, está a ser posta em causa”.

Uma outra vertente essencial é “garantir que somos capazes de fazer uma ligação entre quem trabalha no mar e quem investiga sobre o mar”. No nosso país “não existe um estudo científico, concreto, que acompanhe a actividade da pesca” e que permita saber quais são “as espécies que existem, as que não existem, quais são os riscos quando a temperatura do mar aumenta, o que, em cada momento, pode ou não ser pescado, no fundo, como é que devemos orientar a actividade”.

Para os pescadores “não serve de nada pescarem de mais e colocarem espécies em causa, os primeiros interessados na sustentabilidade são eles porque sabem que só a responsabilidade ambiental lhes garante a profissão amanhã e porque sabem que pescar mal significa pescar peixe com pouco valor, portanto, com pouco salário”.

Esta espécie de divórcio entre pescadores e investigadores não deve continuar, até porque, garante Catarina Martins, há em Portugal universidades, institutos e investigadores muito competentes a este nível.

Outra reivindicação do Bloco é que se renove a frota de pesca nacional. A maior parte das embarcações tem 12 metros e, em média, mais de 30 anos. Isso significa que os pescadores “trabalham em condições que não dignificam a profissão”, em barcos que já não respondem às necessidades actuais. Por outro lado, a renovação da frota também seria importante para que o país rentabilize o seu sector naval.

Catarina Martins rejeita os argumentos comunitários de que, com isso, se queira maiores quotas e se vá pôr em causa a sustentabilidade ambiental. “Queremos discutir as quotas de pesca, certamente”, refere a coordenadora do Bloco, “mas a renovação da frota não é, necessariamente, a predação dos recursos marinhos, é, pelo contrário, é um instrumento para fazer uma pesca mais selectiva, mais rentável e que protege mais o meio ambiente”.

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